terça-feira, 11 de maio de 2010

DUNGA COERENTE

Posso afirmar que a seleção do Dunga não seria a minha seleção.
Eu não levaria alguns jogadores. Todavia, se usasse os critérios que identifiquei na escolha do técnico da seleção, eu mesmo não encontraria substitutos para as minhas discordâncias.
A rigor, o único jogador entre os que eu não levaria, e talvez tivesse opção testada pela seleção, seria o Doni. Nunca achei que ele fosse um goleiro a nível de seleção.
A minha opção seria o Victor.
Mas as qualidades de grupo do Doni devem garantir ao Dunga o acerto na escolha.
Lembro-me do Marcos em 2002. O Felipão acreditava e foi fundamental na conquista.
Eu não levaria o Adriano. É um grande jogador. A sua força física seria de grande valia num jogo decisivo, principalmente contra a Argentina ou contra o Uruguai.
Já constatamos que esses adversários tremem quando se defrontam com ele.
Bem que o Dunga demonstrou querer contar com ele, mas a resposta foi total desinteresse por parte do jogador.
Ele sabia que estava sendo observado e não deu a mínima.
Eu não levaria os meninos da Vila.
Acho que o Dunga não os convocou pelo mesmo motivo que eu não os levaria.
Seleção é coisa séria. Não cabe dancinha.
Penso que o Robinho passou com a nota mínima na peneira do Dunga. Acredito que o Robinho sozinho não vai dançar se fizer goal. Comemorar, sim. Debochar do adversário, nunca.
O Robinho já amargou uma geladeira juntamente com o Diego por causa das gracinhas que fizeram quando jogaram juntos na seleção.
O Ronaldinho Gaúcho, além de não estar jogando nada, parece-me que não está no figurino da seleção.
Noto que não foi convocado nenhum cabeludo. É o tom de seriedade que o Dunga quer colocar na seleção.
Lembro-me do sucesso da seleção de 1970. Antes da convocação do Saldanha, quase todos os jogadores usavam "black power". Quando foram convocados, todos cortaram o cabelo. Basta pegar as fotografias deles antes e depois da entrada do Saldanha.
Deu certo. A seleção saiu do Brasil debaixo de um clima de desconfiança e voltou consagrada. É, com justiça, considerada a melhor seleção brasileira de todos os tempos. O Saldanha começou e o Zagallo deu continuidade ao clima.
Agora é confiar no Dunga e nos seus convocados e torcer.
A coerência é importante fator de sucesso.